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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ECOS DO NOSSO CARNAVAL

Um dos poucos carnavais que ainda é uma autêntica festa popular. Antonina mantém a tradição de pelo menos 90 anos de folia de rua, feita pelo e para o povo. Desse modo, atrai a cada ano mais turistas de terras cada vez mais distantes.

O tradicional desfile dos blocos de rua seguido do baile público, realizado na noite do último sábado, foi assistido por cerca de 50 mil pessoas, conforme estimativa da Polícia Militar. Entre eles, o casal de poloneses Marek e Jolanta Hojda. Na quarta visita ao Brasil, foi a primeira vez que assistiram a uma festa carnavalesca.

Ao contrário de muitos turistas estrangeiros, o casal não teve curiosidade de conhecer a folia carioca. “Achamos que no Rio de Janeiro é uma festa artificial, feita para vender. Aqui vemos algo mais verdadeiro”, disse Marek.

“Muito bonito”, definiu Jolanta, arriscando-se no português e trajando uma fantasia feita em chita. Munidos de máquinas fotográficas, registraram cada detalhe. O casal destacou o ambiente tranquilo da festividade. “É um carnaval para a família, em um ambiente seguro”, falou o polonês.

Há quatro anos morando em Curitiba, o canadense Matthew Luchak escolheu Antonina para cair pela primeira vez na folia. Fez isso com estilo: com a família e na avenida, entre os integrantes do Bloco Boi Barroso. “Viemos para Antonina para almoçar com amigos. Um deles nos convidou para a festa. Não resistimos”, contou Luchak. Ele, a esposa e as duas filhas, de 4 e 9 anos (todas brasileiras) disseram estar muito animados com a alegria do povo da cidade.
Em meio à multidão, os gringos acompanharam o desfile da tradição: o Bloco Boi do Norte comemorou 90 anos na avenida. “Já não fazemos mais a encenação da morte e ressurreição do boi, mas ainda assim a festa continua linda”, disse o funcionário público aposentado Joaquim Ramos, 69 anos, que há 20 desfila como a personagem do médico da lenda do boi-de-mamão, típica dos litorais de Paraná e de Santa Catarina.

Crianças       

Entre os cerca de mil componentes dos blocos, muitas crianças misturavam-se às figuras carnavalescas próprias da cidade, refletindo a preocupação em transmitir a paixão pela festa do Rei Momo às futuras gerações. Na concentração, pais davam os últimos retoques nas fantasias dos filhos que desfilariam. Na avenida, os pequenos roubavam a cena enquanto os blocos não se apresentavam.

                                    
Maria Júlia e Lara, ambas de 7 meses de idade, encararam a caráter o primeiro carnaval. Vestida de índia apinagé, Maria Júlia não dava sinais de cansaço. “Aqui em Antonina, aprende-se a gostar de carnaval desde cedo”, disse o pai da menina, o enfermeiro Marco Aurélio Ferreira.

Lara ganhou uma fantasia para cada dia. No sábado, baiana. Ontem, bailarina. A mãe, a estudante Flávia Kalline, conta que o bebê ainda não começou a andar, mas se entusiasma com o samba.

Em meio aos pequenos, o segurança Aloizio Barbosa, 60 anos, repetiu o show particular que exibe há 30 anos: saiu em três blocos. Vestido de mulher, no estilo melindrosa, é a Velha, que, assim como a Bailarina e o palhaço Carlinhos, é uma das personagens mais queridas da festa. “Aqui, festa é para quem quiser brincar” .

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