Pesquisar neste blog

ANTES DE SAIR DESTE BLOG CLIC NUMA DE NOSSAS PUBLICIDADES

ACONTECENDO VOCÊ FICA SABENDO, AQUI:

Powered By Blogger

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

RICHA X ALVARO - BRIGA DE TITÃS QUE VENÇA O PARANÁ


O prefeito de Curitiba, Beto Richa e o senador Alvaro Dias – que disputam a indicação de candidato do PSDB ao governo do Estado para as eleições de outubro – voltaram a trocar farpas ontem. Richa defendeu a decisão tomada pela Executiva Estadual na última segunda-feira, de que a escolha seja feita pelos 45 membros do Diretório Estadual, no próximo dia 8 de fevereiro, e criticou o adversário na disputa interna por não respeitar a decisão do partido. Já Alvaro reafirmou que não aceita a escolha pelo Diretório – controlado por Richa – e insistiu que levará a disputa para a convenção estadual, em junho.
Em entrevista a emissoras de rádio, ambos elevaram o tom dos ataques mútuos, que se agravaram após a reunião da Executiva, aumentando o risco de um racha no PSDB paranaense. Richa acusou o senador de colocar seu projeto pessoal acima dos interesses do partido. “Eu não me rebelo, eu não discuto as decisões do meu partido. Não vou colocar à frente meus projetos pessoais. O que o PSDB decidir entendendo o que é melhor só me resta acatar”, disse.
O prefeito também rebateu as acusações de Alvaro segundo o qual a votação no Diretório Estadual seria um jogo de cartas marcadas, já que a maioria dos integrantes do órgão teria sido indicada por Richa e seus aliados. “O PSDB não tem dono, nem eu nem o senador Alvaro Dias somos donos do partido”, garantiu.
Ele criticou ainda as declarações de Alvaro negando que a reunião da Executiva tivesse decidido que a definição seria feita no dia 8 de fevereiro, pelo Diretório Estadual. “Todos ali ouviram a proposta que foi feita, consta em ata. Tem dez deputados membros da Executiva que estavam presentes e testemunharam”, lembrou.
O prefeito destacou ainda que a Executiva é formada, basicamente pelos deputados federais e estaduais, que sabem o que é melhor para o partido. “São deputados federais e estaduais que circulam todas as regiões do estado, que conversam com lideranças políticas, prefeitos vereadores deputados, e sabem a tendencia de outros partidos de estar integrando esse ou aquele projeto”, afirmou, dando a entender que Alvaro não tem sequer apoio dentro do partido. “Não posso querer ser candidato se não tiver a simpatia o entusiasmo o apoio dentro da minha casa, o PSDB, que dirá buscar apoio fora de casa, de outras siglas partidárias para fortalecer esse mesmo projeto”, disse. “Não podemos a todo momento estar mudando de estratégia conforme a conveniência deste ou daquele candidato”, reclamou.
Alvaro tem insistido que prevalece acordo anterior, fechado junto à Executiva Nacional, de que a escolha seria feita com base em pesquisas. Richa admitiu que as pesquisas são um dos fatores que devem ser levados em conta, mas lembrou que outras questões devem pesar na escolha. “Tem que analisar a rejeição, espectativa de vitória, aquele que agrega mais apoios. Tem que ser levado em conta aquele que m tem maior número de apoios de deputados, prefeitos, vereadores”, apontou, aproveitando para alfinetar o adversário. “Muita coisa pode mudar. Sabemos candidatos que saíram com 60% e não ganharam a eleição”, afirmou, referindo-se à eleição para o governo de 2002, quando Alvaro liderava as pesquisas mas foi vencido por Roberto Requião (PMDB).
O prefeito demonstrou especial irritação com a pesquisa Ipespe, divulgada no último final de semana, na qual o senador tucano liderava em praticamente todos os cenários. “Você deve ter visto as pesquisas mandrake que surgiram, fabricadas. É uma vergonha, chega a ser crime. O partido vai avaliar as pesquisas de institutos conceituados”, explicou. “Eu até estava falando o mínimo possível, mas não posso concordar com algumas coisas que estou ouvindo na imprensa. Algumas manipulações, movimentações, pesquisas que foram denunciadas esta semana”, disse.
Richa também descartou interferência da direção nacional, como tem apontado Alvaro, em busca de um consenso para garantir uma situação mais favorável ao presidenciável tucano José Serra no Estado. “O partido não pode ser manipulado orientado por esse ou aquele candidato. Muito menos no tapetão, querer levar a decisão para Brasília. Aqueles que pretendem que haja uma intervenção, uma decisão no tapetão, desrespeitando o desejo do PSDB do Paraná, garanto que isso não vai acontecer”, afirmou.
Água — Alvaro, por sua vez, reafirmou que não será uma eventual decisão favorável Richa na reunião do diretório estadual de 8 de fevereiro que o fará desistir da disputa. “Tem muita água que passará por debaixo dessa ponte”, garantiu, relembrando o acordo feito via direção nacional para que o candidato fosse escolhido com base em pesquisas. “Não somos uma ilha, fazemos parte de um projeto de Nação liderado pelo governador José Serra que é prioridade do partido. Todo esforço deve se fazer aqui tem objetivo de fortalecer esse projeto”, disse, afirmando que tudo dependerá da mediação do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), que deve vir ao Estado nas próximas semanas.
O senador negou que esteja defendendo intervenção da direção nacional. “Mas acredito na orientação. Seria exigir demais que eu me submetesse um confronto do diretório estadual do partido. Não há essa hipótese”, afirmou.
Alvaro voltou a garantir, também, não haver chance de disputa entre ele e o irmão, Osmar Dias (PDT). “Sei que há os que duvidam, não somos todos iguais na política. Eu e o Osmar temos palavra. E quando nós assumimos compromissos, nós honramos”, alegou. Um dos principais argumentos do tucano é de que se ele for o candidato do PSDB ao governo, Osmar deixa a disputa. Com isso, o PT de Dilma Roussef ficaria sem palanque no Paraná. “Eu disse e repito que eu e o Osmar estamos juntos em não nos enfrentaremos. Se a opção do PSDB for pela minha escolha, nós estaremos juntos”, explicou.B.Pr.

Nenhum comentário: