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segunda-feira, 21 de junho de 2010

VEJA O QUE IPEM FALA SOBRE OS HIDRÔMETROS (Continuação...)

Troca de relógio duplicou a conta, dizem consumidores !

Publicado em 06/10/2008 | Estelita Hass Carazzai

É difícil fazer a comerciária Irene Loginski parar de falar quando o assunto é a conta de água do último mês, tamanha a sua indignação. Moradora da Cidade Industrial de Curitiba, Irene costumava gastar cerca de 7 metros cúbicos de água por mês, o que lhe custava R$ 30. Em agosto, foi surpreendida com uma conta de R$ 52, e um aumento de 114% no consumo. Para ela, a explicação é uma só: a troca do hidrômetro – popularmente chamado de “relógio” – pela Sanepar, em agosto. “Não mudamos em nada o consumo, não tem vazamento; como é que veio esse valor?”, questiona.
Assim como Irene, outras 24 mil pessoas em Curitiba e região tiveram seus hidrômetros trocados neste ano, e qualquer diferença no consumo, alerta o Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR), dificilmente pode ser condenada: os antigos equipamentos é que, na maioria dos casos, marcavam menos do que a água de fato consumida.
Teste caseiro
Os técnicos do Ipem-PR dão algumas dicas aos consumidores que quiserem verificar se o hidrômetro está funcionando corretamente, ou se há vazamento na residência.
- Tenha certeza de que a caixa d´água está cheia e fique algumas horas sem consumir água. Observe a posição dos ponteiros no hidrômetro. Caso eles estejam se movendo, pode ser que haja um vazamento ou que o equipamento esteja com problema.
- Feche o registro e verifique se o relógio continua rodando. Se sim, pode haver algum problema no equipamento ou um vazamento na residência.
Efeito seria “psicológico”
Para o diretor técnico do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR), Shiniti Honda, muitas das reclamações que os consumidores fazem sobre a troca dos hidrômetros são provocadas por “efeito psicológico”. O equipamento que está sendo instalado hoje pela Sanepar permite a visualização do mecanismo que mede a passagem de água, e, segundo Honda, isso dá a impressão de que o relógio está girando muito rápido. “O hidrômetro antigo é aquele de ponteirinho; você praticamente não via ele se mexer”, comenta ele.
Honda também lembra que, muitas vezes, mesmo que o morador não esteja consumindo água naquele momento, o relógio pode continuar girando por alguma ação anterior que baixou o nível da caixa d’água. “Se você dá a descarga, por exemplo, a caixa d’água vai precisar encher por conta desse uso, e aí o ponteirinho vai girar mesmo que você não abra uma torneira nesse período”, explica o diretor técnico. (EHC)
“Essa é uma ocorrência bem normal”, explica o chefe da divisão de volumes do Ipem-PR, Gilberto Chycziy. Dezenas de reclamações sobre hidrômetros já foram registradas no órgão – mas a maioria dos equipamentos, segundo ele, não apresentava problemas de medição. “Quando estão há muito tempo em uso, os hidrômetros acabam beneficiando o consumidor. Eles têm um eixo central na turbina que se desgasta; o atrito aumenta e o equipamento trabalha com mais dificuldade. Quando ele é trocado, aí sim aponta exatamente o volume que está passando e o contribuinte se assusta, porque passa a pagar o que realmente deve.”
O susto tomado por Irene também acometeu o aposentado Nelson Suardi, morador do Sítio Cercado. Ele gastava cerca de 10 metros cúbicos de água por mês. Após a troca do relógio, em junho, o consumo indicado na conta mais que duplicou, e o valor pago por mês passou de R$ 30 para R$ 80. “Eu não sou de gastar muita água. Eu ainda fecho o registro à noite para não dar vazamento e agora vem esse absurdo”, reclama ele.
Vistorias
Tanto Irene quanto Suardi recorreram à Sanepar para que seus hidrômetros fossem verificados, mas nenhuma das vistorias encontrou algum tipo de problema nos equipamentos e tampouco vazamentos na tubulação das residências. Ainda assim contrariados, os consumidores foram ao Procon-PR para registrar sua reclamação, e devem ter uma audiência com a empresa ainda neste mês.
Irene diz que, há menos de um ano, uma equipe da Sanepar realizou uma aferição em seu hidrômetro e não encontrou nada de errado no funcionamento. “Eu fiz até um teste de noite com o registro fechado e o ponteiro continuava rodando! O presidente da Sanepar diz na televisão que não vai haver aumento na tarifa, mas aí eles trocam o relógio por um mais ligeiro. Achei a maior demagogia”, reclama Irene.
Ação preventiva
Segundo a Sanepar, a troca dos hidrômetros faz parte de uma ação preventiva da companhia, que substitui todos os equipamentos com mais de oito anos de uso, como era o caso dos de Irene e Suardi. A empresa também esclarece que qualquer consumidor que tiver dúvidas ou quiser uma análise do equipamento pode entrar em contato com os serviços de atendimento ao cliente da Sanepar (veja os telefones abaixo). A assessoria de imprensa da companhia, no entanto, alerta que, caso seja acusado que o hidrômetro não tem defeitos, o serviço de vistoria será cobrado na próxima fatura.
Ipem
Outra alternativa para os consumidores que acreditam que o equipamento possa estar com defeito e que já fizeram as verificações da Sanepar é recorrer à vistoria do Ipem-PR, que, até o momento, é gratuita e pode ser acompanhada pelo próprio cliente. O teste leva de cinco a sete dias para ser concluído. Para o diretor técnico do Ipem-PR, Shiniti Honda, no entanto, só vale a pena recorrer ao órgão quando houver absoluta certeza de que há algo errado no equipamento: “Em 99,9% dos casos que analisamos, o problema está nos vazamentos”.
Serviço
O contato com a Sanepar pode ser feito pelo telefone 115 ou pelo site www.sanepar.com.br. Já os telefones do Ipem-PR são 0800 645 0102 ou (41) 3251-2200. A vistoria deve ser solicitada na ouvidoria da instituição.

Colaboração: Anselmo Fernandes
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N.B: Comentários de Rosil: Nos casos de Antonina, o assunto me parece um pouco direferente, os usuários estão recebendo suas faturas até 10 vezes maior do que antes dos novos hidrômetros, ou seja dos 10 m3/Mês, de consumo residencial,  parassaram para 100m3 ? Qual a explicação para quando não há vazementos ou outros problemas residenciais ?  Diante as informações acima, constatamos que  não é só o SAMAE de Antonina que está passando por este desgaste com os seus usuários, é Sanepar, Águas de Paranaguá, Sabesp e outros. Em todos os cantos, nós os consumidores, só queremos uma coisa: Pagar por um consumo justo e de qualidade sanitária de acordo com os padrões da OMS. E tem mais Antonina tem uma das melhores fontes de captações de água do Paraná. É AGUA MINERAL PURA...   

2 comentários:

Anônimo disse...

Naum venha querer comparar São Paulo, Curitiba co Antonina, nem a SABESP, SANEPAR com o SAMAE....que é isso....
Morei em São Paulo e tenho residência em Curitiba e o tratamento é outro..respeito pelo consumidor, e investimento em qualidade.... e nao o que fazem aqui...
Que tal fazermos uma pesquisa, para descobrirmos o grau de satisfação com o SAMAE?

Anônimo disse...

É brincadeira, estão sucateando o SAMAE de Antonina, e agora querem justificar o injustificável com notícias velhas e de outras cidades, para fazer comparações. Pô, senhor Anselmo, por que o SAMAE não vem a público e tenta se defender institucionalmente e não indiretamente através do senhor, que por sinal é um bom servidor e a que talvez esteja até com vergonga de trabalhar numa autarquia totalmente acefala.
Não precisaria o povo ir ao Ministério Público, se a Direção do SAMAE tivesse a ombridade de realmente assumir as suas funções e pelo menos dizer, não se preocupem estamos tomando as devidas providencias. Nem isso? O povo nós usuários merecemos respeito, chega de faturamento absurdo todo o mês, tenham dó da população.

Maria Paula - Jrd Maria Luiza